Arquitetura Clássica

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Arquitetura Clássica Grega

A arquitetura grega antiga tinham uma função pública a até aproximadamente o ano 320 a.C. e ocupava-se de assuntos religiosos e dos acontecimentos civis mais importantes, como as competições esportivas.

A maioria das construções conduzidas pelos arquitetos gregos foi feita em mármore ou em calcário, além de madeira e telhas, usadas essencialmente na cobertura dos edifícios.

Templo da Concórdia - Agrigento - Sicília

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As edificações mais marcantes da arquitetura grega são os templos. Embora fossem imponentes por si, eram na verdade construídos com o intuito de proteger as esculturas de deuses e deusas das chuvas e do sol. Portanto os templos não foram construídos, como se imagina, para reunir em seu interior um grupo de pessoas para um culto religioso como nas igrejas atuais.

Um dos monumentos gregos mais conhecidos, o Pathernon, está na Acrópole de Atenas, construída entre os anos de 447 a 438 a.C., no ponto mais alto da cidade. Os construtores do Partenon merecem destaque. São eles Ictínio e Calícrates.

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Pathernon - Acrópole - Atenas

As características mais evidentes dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada, conhecido como pronau e os fundos, o opistódomo. No interior, pelas naus, há o recinto onde ficava a imagem da divindade. Ele era cercado também por uma colunata conhecida pelo nome de peristilo. A formação dessa colunata já chegou a ter duas séries de colunas que ficavam em torno do núcleo do tempo. Isso geralmente acontecia em cidades mais prósperas.

Ilustração do Pathernon - Acrópole - Atenas

As diversas fases do Parthenon

Ordens Jônica, Dórica e Coríntia

As principais linhas técnicas e estéticas exploradas pelos gregos na arquitetura foram a jônica, a dórica e a coríntia. A forma mais clara de diferenciação entre elas estava no feitio do capitel das colunas. No estilo jônico, destaca-se o uso evidente dos traços de elegância e beleza. São exclusividades do estilo dórico a simplicidade e o rigor das formas, expressões nítidas em Esparta. Em Corinto (uma das cidades gregas mais opulentas à época), há predominância de decorações que remetam à abundância e à riqueza de detalhes.

Diferenças entre Estilos Arquitetônicos Gregos - Jônico, Dórico, Coríntio

As construções gregas mais famosas foram feitas de mármore. Esse elemento começou a ser usado no século VI a.C., juntamente com técnicas de encaixe semelhantes às dos egípcios, que utilizavam madeira. Com o passar do tempo, após o domínio da confecção do ferro, os gregos substituíram o encaixe de madeira por encaixes e dobradiças de metal, dando mais resistência às suas estruturas.

Apesar de manter uma forte ligação com a religiosidade, a arquitetura grega se destaca pelo grande valor dado à razão. Em tudo que produziam e construíam, os gregos buscavam alcançar o máximo da perfeição por meio de cálculos matemáticos e geométricos, regras, proporções e perspectiva.

As esculturas magníficas, a perfeição geométrica dos templos gregos, a organização e o planejamento das cidades gregas com seus teatros destacam-se no decurso da história da arquitetura. Por tudo isso, e pela beleza dos traços que transcendem os séculos, a arquitetura grega é considerada clássica.

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Imagens: 1 – 2 – 3 e 4

Arquitetura Clássica Romana

A arquitetura romana foi bastante influenciada pelos gregos, em especial pelos templos, pelo realismo e pela preocupação com a beleza. Também foi direcionada pelo espírito guerreiro e prático dos próprios romanos. Suas conquistas eram celebradas com esculturas, monumentos, obeliscos e arcos de triunfo. Mas as principais marcas deixadas pelos romanos foram as estradas construídas em linha reta — para facilitar o deslocamento rápido das legiões de guerreiros — e os aquedutos para abastecer e desenvolver as colônias romanas espalhadas pelos territórios conquistados.

Panteão - Roma

Os templos romanos foram o resultado de uma combinação de elementos gregos e etruscos: planta retangular, teto de duas águas, vestíbulo profundo com colunas livres e uma escada na fachada dando acesso ao pódio, ou base. Além das das tradicionais ordens gregas – dórica, jônica e coríntia – os romanos inventaram outras duas: a toscana, uma espécie de ordem dórica sem estrias na fuste, e a composta, com um capitel criado a partir da mistura de elementos jônicos e coríntios. A Maison Carrée, da cidade francesa de Nimes (c. 16 d.C.), é um excelente exemplo da tipologia romana templária.

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Na península Ibérica, subsistem alguns restos arqueológicos de templos da época romana. Na Espanha, podem ser encontrados nas cidades de Barcelona, Mérida (dedicado à deusa Diana), Córdoba (colunas da rua Claudio Marcelo) e Sevilha. Em Portugal, destacam-se o templo de Egitânia (provavelmente dedicado a Júpiter ou Vênus), o de Évora (ou Diana) e o de Almofala (em Figueira de Castelo Rodrigo).

Ruínas da Roma Antiga

Devido à cobertura de cinza depositada após a erupção do Vesúvio em 79 a.C. a cidade de Pompéia permaneceu enterrada durante mais de 1.500 anos. Dessa forma ela remanesceu como um importante exemplo de uma cidade romana, sendo escavada por arqueólogos no século XVIII. Entre os restos encontrados, encontra-se o Foro, templos, tribunais e palácios que constituíam o centro administrativo da cidade.

Os teatros e os anfiteatros romanos apareceram pela primeira vez no final do período republicano. Diferentemente dos teatros gregos, situados em declives naturais, os teatros romanos foram construídos sobre uma estrutura de pilares e abóbadas e, dessa maneira, puderam ser instalados no coração das cidades. Os teatros de Itálica e de Mérida foram realizados nos tempos de Augusto e de Agripa, respectivamente. O mais antigo anfiteatro conhecido é o de Pompéia (75 a.C.) e o maior é o Coliseu de Roma (70-80 d.C.). Na Hispânia romana, destacam-se os anfiteatros de Mérida, Tarragona e Itálica. Os circos ou hipódromos também foram construídos nas cidades mais importantes; a praça Navona de Roma ocupa o lugar de um circo construído durante o reinado de Domiciano (81-96 d.C.).

Coliseu - Roma

Entre os diversos projetos de construções públicas dos romanos, a rede de pontes e calçadas, que facilitaram a comunicação através de todo o império e os aquedutos, que levavam água às cidades a partir dos mananciais próximos (como Pont du Gard, ano 19 d.C., próximo a Nimes), são os mais extraordinários.

Os romanos usaram como inspiração a arquitetura etrusca e grega para desenvolver seus projetos. Porém, não podemos falar em cópia, pois a arquitetura romana possuía muitos elementos inovadores e avanços nas técnicas de arquitetura.

Características principais da arquitetura romana:

  • – Solidez nas construções (característica que herdaram dos etruscos);
  • – Uso do arco nas construções;
  • – Uso da abóbada (construção em forma de arco que preenche espaços entre arcos, muros e outros tipos de espaços);
  • – Construções sóbrias, funcionais e luxuosas.
O arco romano - Pórtico Romano - Los Mármoles

Principais tipos de arquitetura romana

Aquedutos

Arcos com canaletas que conduziam a água dos reservatórios para as cidades. Eram feitos de pedra e significou um avanço na canalização e distribuição de água na Antiguidade.

Templos

Eram construídos em homenagem aos deuses. Eram luxuosos e bem iluminados. Possuíam apenas um portal de entrada com escada de acesso.

Arcos de Triunfo

Eram construídos em homenagem aos imperadores, principalmente, para marcar grandes feitos e conquistas. Eram feitos de pedra ou mármore.

Estradas

Feitas de pedra, eram importantes rotas para o comércio e também deslocamento do exército, pois ligavam várias cidades, regiões e províncias. Eram tão resistentes que muitas delas existem até hoje. A mais conhecida foi a Via Ápia.

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Banhos públicos

Prédios destinados aos banhos públicos, que eram espaços com piscinas aquecidas onde romanos das altas classes relaxavam e mantinham contatos sociais.

Circus e Anfiteatos

Construções destinadas ao entretenimento. Nos circus ocorriam, principalmente, corridas de bigas. Nos anfiteatros ocorriam espetáculos como, por exemplo, os embates entre gladiadores. O anfiteatro mais conhecido foi o Coliseu de Roma.

Ordens Toscana e Compósita

ordem Toscana desenvolveu-se durante o império romano e trata-se de uma simplificação de mesmas proporções do dórico. A coluna não apresenta base e dispõe de sete módulos de altura, o fuste é liso, sem caneluras, e o capitel simples, com aneletes (toros). As colunas dessa ordem são separadas por grandes distâncias.

Compósita foi uma ordem da arquitetura clássica desenvolvida pelos romanos a partir dos desenhos das ordens jônica e coríntia. Até o período do Renascimento a ordem foi considerada uma versão tardia do coríntio. Trata-se de um estilo misto em que se inserem no capitel as volutas do jônico e as folhas de acanto do coríntio. A coluna tem dez módulos de altura.

Ordens arquitetônicas - Toscana e Compósita

Na imagem acima, percebe-se a diferença entre as principais ordens arquitetônicas. No topo, estão a toscana e a dórica, sendo a toscana visivelmente simplória. No meio, estão a jônica e a jônica moderna. Já abaixo, estão a coríntia e a compósita.

Imagens: 1234

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Wikipedia

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