Prédio do Jornal do Brasil
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O prédio do Jornal do Brasil era o mais alto da América Latina na época de sua inauguração e o jornal funcionou nesse endereço até 1974. É também mais uma prova do descaso do brasileiro com sua memória arquitetônica. Mesmo tendo sido a sede de um grande jornal, que é um veículo disseminador de informações por natureza, pouco há de informações disponíveis sobre este belo edifício do início do século passado.
Em 1905 inicia-se a construção da nova sede na Avenida Central, junto com compra de nova maquinaria. Em 12 de janeiro de 1910 a redação e as oficinas passaram a funcionar no novo edifício da Avenida Central, onde está instalada hoje a sede do jornal. Projetado pelo arquiteto italiano Benvenuto Berna, o prédio era, na primeira década do século, o mais alto da América Latina e o primeiro a ser construído com estrutura metálica.
No início do século XX, o Jornal do Brasil fixou sede na recém-inaugurada e então denominada Avenida Central, palco comercial da capital federal, ainda situada no Rio de Janeiro. De lá, foi pano de fundo de inúmeros movimentos sociais que tinham início na região da Igreja da Candelária com os jovens manifestantes marchando até a Praça da Cinelândia, em frente ao Theatro Municipal. O trajeto marca os dois extremos da Avenida.
Após se instalar na Avenida Central, o Jornal do Brasil permaneceu na sede, na altura do número 110, prédio que na época era o mais alto da América do Sul, até a década de 1970, quando se transferiu para um moderno prédio, recém-construído na Avenida Brasil, principal via de entrada da cidade, onde permaneceu até o ano de 2002, quando então, retornou para o mesmo número 110, que anos antes sediara a redação daquele que era o principal jornal impresso do país.
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Acima, na década de 70, já esmagado e sufocado pelo “progresso”, o prédio do Jornal do Brasil aguarda sua infeliz demolição.
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Tag: Demolido, Rio de Janeiro