O ornamento é importante na Arquitetura?
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Neste site, costumo questionar ou publicar textos que questionam o desprezo estético das construções modernas, e principalmente, da bizarrice estética das pós-modernas.
É bem verdade que a volumosa demanda de habitações e espaços comerciais dos nossos tempos exige critérios, técnicas e projetos que produzam mais, com menos recursos.
Mas a vida não é, e não pode ser reduzida a uma relação de custo-benefício. A vida vai além. Nós somos humanos, temos uma sensibilidade inata pela estética, pela graça. Não podemos ser reduzidos a formiguinhas humanas cujo maior objetivo de vida seja viver em formigueiros. Gostamos de adorar deuses e outros ícones; gostamos de personalizar nossas coisas.
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Neste sentido, a legenda da imagem acima me chamou a atenção. Foi publicada num grupo do Facebook. A legenda diz:
“Chrysler Building e arranha-céus do entorno”
Quem conhece a história da Arquitetura sabe que o Chrysler Building é o ícone do Art-déco novaiorquino; sabe que ele se caracteriza por uma feliz ornamentação que o distingue dos edifícios ao redor, todos muito iguais e semelhantes.
Iguais, semelhantes e desconhecidos.
Este comentário não é uma defesa dos estilos tradicionais, nem do art-déco. Há edifícios modernistas e pós-modernos bastante icônicos.
Aqui reforço a defesa que fiz neste artigo: Da estética fina, superior, elaborada, pensada, exclusiva, com significado, que distingue a obra das outras, medíocres, repetitivas, anônimas. E também de outras, caricatas, rizíveis, incompreensíveis.
Arquitetos, se esforcem, busquem a distinção, vocês podem mais.